quinta-feira, outubro 28, 2010

A vaidade em forma de gente pequena

Oi, meninas!

Hoje o papo vai ser sobre a famosa vaidade feminina.
Antes de ser mãe, eu via aquelas crianças de 3, 4, 5 anos de idade, de unhas pintadas, batom, salto-alto e prometia a mim mesma que se tivesse uma filha ela NUNCA usaria essas coisas nessa idade... mas aí nasceu Sophia_ a vaidade em forma de gente pequena!
Temos um vídeo dela na sua retrospectiva de 2 anos (ou seja, quando o gravamos, ela devia ter por volta de 1 ano e meio) em que ela aparece em na Zara, experimentando uma calça jeans. Então, ela vai até o espelho e se vira para olhar como ficou o bum-bum! Acreditem, é a mais pura verdade!
Sophia foi crescendo... e a vaidade dela também! Quando me dei conta, minha filha já era frequentadora assídua dos salões de beleza (claro, sempre incentivada e levada pela sua idolatrada tia Jane!), e as manicures disputavam para ver quem faria as suas unhas. Já estava fascinada por batons e um dia, me disse ao telefone que não lavaria os cabelos em casa porque ela "precisava de um cabelereiro"! Aliás, o Mauro, nosso cabelereiro, diz que ela ainda vai ser a sua melhor cliente.
Mas comecei a me preocupar mesmo quando ela passou a deixar de comer para não sair o batom e quando  colocou as mãozinhas pra frente e me disse: "Mamãe, preciso fazer as unhas, já tá tudo descascado". Nesse dia, percebi que deveria fazer alguma coisa a respeito.
Essa vaidade toda vinha dela, de sua personalidade e, por mais que ela convivesse com três mulheres em casa, nunca fomos reféns da vaidade. Assim, não podia simplesmente proibir e reprimí-la, então, resolvi fazer um acordo: ela só poderia fazer as unhas quando fôssemos a uma festa e só usaria batom quando fôssemos passear. Pronto! Estava tudo resolvido! Sophia aceitou facilmente nosso acordo e não precisamos entrar em atrito. Tudo bem que, de vez em quando, ela tenta burlar o tal acordo e, ás vezes, eu finjo que não vejo, pra que eu não me coloque num papel de polícia, que deve manter a ordem a qualquer custo.
Mas o mais legal de tudo é que nós duas adoramos os acordos e os respeitamos, assim nos tornamos cada dia mais cúmplices e amigas!

domingo, outubro 24, 2010

Prazer, Juliana, mãe solteira!

Hoje vou falar sobre mães...solteiras!
Isso mesmo! Vou falar sobre como é ser uma delas:

Sophia nasceu de uma relação que, desde cedo, não deu certo. Tentamos algumas (muitas vezes..) salvar a relação mas hoje vejo que nós três somos muito mais felizes assim. Ser mãe solteira tem lá seus prós e contras.

A parte mais difícil já começa com o rótulo: MÃE SOLTEIRA! É verdade que a sociedade evoluiu muito nas questões de diversidade, de se aceitar e conviver com as diferenças, de repudiar o preconceito, mas ainda hoje, ser mãe solteira é um tabú.

Muitas pessoas ainda não conseguem desvincular a expressão MÃE SOLTEIRA do sentido prejorativo e ser "mãe solteira" acaba sendo sinônimo de "mãe largada". E o mais interessante é que as pessoas que pensam assim nunca pararam pra pensar que a "mãe solteira" pode ser a "mãe que largou", e não o contrário. Algumas pessoas acabam "torcendo o nariz" para as mães solteiras e outras acabam tendo pena.

Eu engraviei com 26 anos, já possuia uma independência financeira, já havia deixado São Paulo e toda uma vida pra trás para me aventurar em Florianópolis, mas ainda estava terminando a faculdade. Tive um colega de sala, que toda vez que conversávamos sobre a gravidez e relacionamentos, me olhava com uma carinha de dó.. e eu nunca entendia aquilo. Apesar de não ter planejado uma gravidez fora de hora, eu estava muito feliz com aquele serzinho que crescia dentro de mim, e ele me olhava e quase chorava. Até que um dia, numa dessas conversas, comentei a minha idade e ele se assustou. Ele disse: "Meu Deus, pensei que você tivesse uns 20 anos!!! " (Também me assustei com aquela declaração, mas adorei o elogio!).

Existem aqueles que te olham com a criança em algum lugar e perguntam: "E o seu marido, não pôde vir?" E PORQUE MESMO EU TENHO NECESSARIAMENTE QUE TER UM MARIDOOO????

E ainda existe uma terceira classe de pessoas: aquelas que acham que, já que eu sou solteira, a Sophia não tem pai! Curiosamente, o pai da Sophia se encaixa nessa terceira classe... muitas vezes ele me disse que ele tentou ser pai e eu não deixei... oras, eu só não me casei com ele, mas nunca o impedi de exercer a paternidade!

A verdade é que eu nunca me deixei influenciar por essas pessoas e sempre convivi bem com o meu rótulo de MÃE SOLTEIRA, a não ser por um pequeno, aliás, um lindo e doce detalhe chamada Sophia. Sou muito feliz pelo fato dela nunca ter convivido na mesma casa com o pai, já que tivemos que nos separar. Então, ela não sofreu nenhum trauma devido a essa separação. Mas, em contrapartida, ela criou uma imagem digamos, incomum, de família.

Sophia sabe que, em regra, as crianças têm pai e mãe, assim como ela também tem, mas demorou um pouquinho para ela entender que os pais casados moram na mesma casa e dormem juntos. No verão passado, minha irmã veio com a família passar uma semana conosco em Floripa e na primeira noite em que ela viu que minha irmã e meu cunhado dormiriam juntos na mesma cama, ficou espantadíssima: "MAMÃE, A MÃE E O PAI DO GABRIEL VÃO DORMIR NA MESMA CAMA?"

Foi aí que eu percebi o primeiro impacto da minha solteirisse na vida dela. Foi quando eu descobri que para ela, toda criança morava junto com a mãe, a tia e a vovó. E mais: Sophia achava que todas as crianças tinham uma super-tia-jane em casa! Bom, pelo menos na escolinha dela, todas as amiguinhas queriam ter uma tia Jane. Tivemos uma longa conversa sobre os diversos tipos de família naquela noite...

É claro que existem milhares de mães solteiras espalhadas por aí e que cada uma delas têm uma perspectiva de vida e uma história diferentes. E não estou jamais recomendando ás futuras mamães a tal da "produção independente" porque, saibam as não-mamães e as mães casadas que, apesar de nós, mães solteiras, sermos pessoas comuns com sonhos, desejos, dores, como qualquer mulher, desempenhamos um árduo papel duplo na vida desses pequeninos, para que não chegue até eles os preconceitos e os problemas da falta da figura masculina dentro de casa. E para que, se chegar, que seja leve e que eles tirem de letra!

O duelo

Essa é a história de duas mães lutando para defender seus filhos: uma delas sou eu  a outra é uma barata!

Eu estava levando Sophia ao banheiro quando ela viu uma barata parada no chão ao lado da pia. Com aquela vozinha de quase pavor falou:
_ Mamãe, uma barata!

E eu, tentando conter o meu ABSOLUTO pavor, disse à Sophia para ficar quietinha que eu iria pegar um chinelo. Decidida, deixei Sophia sentada na privada "cuidando" da barata e corri até o quarto para pegar a minha "arma". Quando voltei perguntei à Sophia onde estava a barata. E Sophia me disse que ela estava "ali atrás".
Olhei para trás e vi a barata perto do meu pé! Saí correndo em direção à Sophia e a barata saiu correndo para longe de mim. Caímos na risada, mas eu estava decidida a defender minha filha até o fim!
Encontrei a barata novamente e tentei matá-la a chineladas mas ela correu pra dentro do box.
Foi nessa hora que apareceu um bebê barata correndo pelo trilho do box. Mesmo comovida por ser um bebê, não podia deixar aquela mini barata chegar perto da minha filha e, pelo bem de Sophia, tentei matá-la também...mas ela desapareceu antes que eu pudesse concluir minha tarefa.
Mas ainda tinha a mamãe barata dentro do box...e, quando ela sentiu sua filha em perigo, não pensou duas vezes: correu para cima de mim e quis me atacar! E eu tentei acertá-la várias vezes com meu chinelo... ficamos as duas feito "baratas-tontas" pelo banheiro sob a gargalhada de Sophia diante daquela cena deplorável... mas a danada da barata me venceu! Sumiu pela porta atrás de sua filha e eu fiquei totalmente desmoralizada, com o chinelo na mão!

Moral da história?
Mãe é mãe! Mesmo que essa mãe seja uma barata...

sábado, maio 10, 2008

Dia das Mães


Dias das Mães!
Meu segundo dia das mães depois que Sophia nasceu... contando com o ano em que ela estava na minha barriga, esse será o meu terceiro dia das mães e, quer saber? Tá ficando cada dia melhor ser mãe!

Todo mundo fala que essas comemorações são comerciais, que só servem para aumentarem as vendas, blá, blá, blá!!! Mas eu acho que só cai nessa quem quer! E eu ADORO esses "dias de alguma coisa"... o Dia das Mães pra mim, então... me faz sentir mais mãe!
Não é o presente que faz a comemoração e sim o "status" de cada um: seja pai, mãe, criança, namorado, o que for! É ser o motivo da comemoração que faz da data ser tão especial, não o presente que se ganha.
Mas é por isso que o Dia das Mães é tão bom. Por que não precisamos de presentes! Ganhamos o nosso no dia do nascimento de nossos filhos e esse presente é o melhor, insubstituível... nós, mães, recebemos a dádiva divina de ter sob nossa guarda um bem precioso.
Eu, particularmente, me sinto especial, honrada, orgulhosa e absurdamente feliz por ter recebido a Sophia como um presente de Deus. Entre tantas mulheres desse mundo foi a mim que Deus confiou a guarda de Sophia e eu nem sei como agredecê-Lo... eu simplesmente rezo, agradeço todos os dias antes de dormir, todas as manhãs quando acordo, a cada sorriso que ela dá, cada vez que ela chama meu nome: "mamãe"!

Ás vezes eu ainda me pergunto por que Deus escolheu justo a mim para trazê-la e guiá-la por essa vida...mas Ele deve saber os motivos...

Obrigada, Pai, por merecer Sophia.
Guia-me, Pai, por seus caminhos para que eu jamais O desaponte na missão que me confiastes.
Protegei-nos, Senhor, para que eu possa ouvir, por toda a minha vida, a voz doce de Sophia me chamando de "mamãe".
Amém!

segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Nosso primeiro tombo juntas!!!

Filha, preciso te contar essa: tomamos o nosso primeiro tombo juntas!!! Hahahaha!!!!



Como você vai ter a oportunidade de acompanhar durante a sua vida, a sua mãe é muuuuito desastrada!!! KKKKKKKKKKK!!!! Sou famosa pelos meus tombos...é um mais vexaminoso do que o outro...rsss...



Sábado passado, dia 23/02 (aniversário da vovó Fi e do tio Ivo), nós descemos no pátio do prédio pra passear um pouquinho e tomar sol. De repente, encontramos três crianças brincando com a mãe e uma delas era pequeninha assim como você...só um pouquinho mais velha: a Isabela, com 2 anos e 9 meses.

Então eu te levei pra brincar com ela. Chegamos onde elas estavam (você estava no meu colo), e abaixei, crente que você colocaria os pézinhos no chão... mas você, ao invés disso, resolveu encolher os pés e se jogar para trás!!!! E lá fomos nós!!! Caí de quatro no chão, acabei com os meus dois joelhos e ralei a minha mão, mas você ficou intacta! Hahahahah!!!

Todos correram pra me socorrer e a Isabela, tadinha, pegou na minha mão e dizia:

_ Levanta titia! Levanta!!!


E você olhava pra minha cara como quem dizia: "ai, mamãe.. não me envergonhe!!!!"
Hahahahahahah!!!!

segunda-feira, janeiro 07, 2008

Os 31 primeiros dias de Sophia


Sophia ficou no hospital durante 31 longos dias!





Eu acabei ficando internada um dia a mais do que o permtido, ou seja, 3 dias. Mas logo tive que ir pra casa. Foi muito sofrido ter que deixar Sophia naquele hospital!


Por mais que eu tenha ficado no quarto sem conseguir me locomover direito, eu sabia que ela estava ali perto e que se a saudade fosse insuportável eu iria vê-la de qualquer maneira, mas em casa seria mais difícil.


Eu chegava no hospital por volta das 8:00h, 9:00h e só saía de lá por volta das 23:00h. Passava praticamente todo o dia sentada ao lado da incubadora dela tentando tirar leite, que ela começou a tomar 3 ml através da sonda. No início saía só algumas gotinhas mas daquilo dependia a evolução da minha filha, então, cada gotinha daquela era uma vitória pra mim.

Um dia, de repente, o leite começou a secar... eu não conseguia mais tirar a quantidade que ela precisava. Fiquei tão mal com aquilo, me sentia tão fracassada, incapaz de prover o leite que alimentava a minha filha. E quanto mais eu ficava preocupada com aquilo, mais meu leite faltava. Até que um dia uma das enfermeiras da UTI, a Michele, me tranquilizou dizendo para que eu fosse pra casa aquela noite e dormisse, descansasse bastante. E que eu ficasse tranquila porque o NAN iria substituir o meu leite, e que Sophia não teria nenhum prejuízo na sua evolução por causa disso. E eu fiz o que ela me disse! A partir daí, quando resolvi desencanar, o meu leite começou a descer...

Minha filha evoluía muito bem e era da evolução dela que eu tirava a minha força, eu não podia desapontá-la! Sophia era tão forte que eu me sentia obrigada a ser forte também... aquele olhar dela me dizia tantas coisas... ela já veio ao mundo me ensinando que somos capazes de superar QUALQUER COISA!
Esse período em que passei no hospital foi muito importante pra mim. Foi lá que eu aprendi a ser mãe, a conhecer minha filha, apesar dela estar ali dentro daquela "caixinha" tão longe do meu abraço, estávamos cada dia mais próximas. E Sophia, a cada dia, conquistava mais as pessoas, as fazia se apaixonar por ela...Sophia é como um imã: todos se sentem atraídos por ela, pelo seu olhar tão intenso que desconcerta as pessoas. Uma vez a tia do pai dela disse que se sente nua diante do olhar da Sophia... e, realmente, ela parece enxergar através da alma das pessoas....